Ao lado da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as Convenções Coletivas das professores e dos professores das escolas particulares são o principal instrumento de defesa das nossas condições de trabalho. A negociação de cada uma delas, todos os anos, é um difícil processo de construção porque diante das justas reivindicações de nossa categoria os donos de escola têm adotado uma postura de arrogância e de indiferença.
Só mesmo a disposição persistente do SINPRO-SP é que tem garantido a manutenção de várias das nossas conquistas históricas, o aperfeiçoamento gradativo de algumas delas e a introdução de novos direitos.
Nesse conjunto, o principal desafio é a mobilização dos professores: estamos convencidos de que somente uma posição mais enérgica das companheiras e dos companheiros em cada escola é que pode se refletir na mudança de posição dos sindicatos patronais.
Agora mesmo, nas negociações das convenções de 2010, foi o SINPRO-SP que abriu o debate sobre a necessidade de pagamento daquilo que chamamos de "hora tecnológica". Os professores e as professoras sabem do que se trata - o volume de novas atividades que temos que desenvolver em razão das tecnologias da informação e da comunicação que as escolas estão pondo em prática, muitas vezes de forma irracional e improdutiva -, e a simples introdução desse tema nas discussões sobre a convenção coletiva representou um avanço. A intenção é a de prosseguir discutindo com os patrões uma fórmula de mensurar esse trabalho extraordinário e já estipular o seu pagamento em 2011. Nada disso será possível, no entanto, sem a firme mobilização das professoras e dos professores na luta por essa reivindicação.
Pois o compromisso da Chapa 1 é o de avançar ainda mais nesse sentido, organizando assembleias por escolas, legitimando publicamente nossas exigências e, dessa forma, dificultar o imobilismo patronal.
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